Assim como no final do 1º turno, apresentamos uma análise dos números da Série Bronze, ao final da 1ª fase. Eles elucidam bastante e mostram porque o União Independente não conseguiu a classificação para a 2ª fase da competição. O time santa-mariense ficou todo o campeonato entre os oito primeiros da chave e só saiu desse grupo na penúltima rodada.
Isso pode ser explicado por dois fatores, principalmente. E ambos estão de certa forma interligados: campanha geral e aproveitamento em casa. Enquanto o time fez 11 pontos no primeiro turno, no segundo, os comandados de Coelho só conseguiram 8 pontos. Só ficaram a frente de Palmeira (pior time do grupo) e AAPF (que foi muito bem no primeiro turno e por isso não teve a classificação ameaçada). Já os concorrentes diretos (ACBF, ADCH e Figueira) tiveram aproveitamentos superiores no returno (entre 15 e 18 pontos), embalando rumo à classificação. Outro concorrente na reta final, o Horizontina, foi bem no primeiro turno, perdeu desempenho no returno e quase se complicou. Mas venceu as duas últimas partidas e também passou de etapa.
Outro fator que colaborou para a desclassificação do União foi a queda de desempenho em Santa Maria, o pilar da campanha da equipe no primeiro turno. Se na primeira parte a equipe fez mais de 80% de aproveitamento jogando em casa, no returno esse índice caiu para a casa dos 62% (a 7º melhor do grupo). Muito dessa queda de rendimento se deve ao fato de o time de Santa Maria jogar no 2º turno em casa contra equipes mais fortes (SASE, AFF, AAPF, Jáqtáqvá), levando-o a perder a invencibilidade contra os líderes da Chave 1 (SASE e AFF). Em contrapartida, o desempenho fora de casa continuou ruim, conquistando apenas um ponto em quatro partidas. Com isso, o aproveitamento como visitante permaneceu em menos de 10% dos pontos. E novamente, os adversários diretos tiveram uma melhora no desempenho (ADCH de 13 para 25% e ACBF de 6 para 18%). O que os impulsionou rumo à conquista da vaga.
Outros fatores que apontam a queda de produção da equipe do União Independente no 2º turno da Série Bronze são os números de gols marcados e sofridos. No turno, o União destacou-se por ter a melhor defesa da Chave 1. Já o ataque era o oposto. Pois no returno, o União caiu da 1ª para a 3ª melhor defesa (25 gols sofridos no turno e 34 no returno). Embora tenha permanecido com uma média boa (menos de 4 por partida), o número total teve um acréscimo de quase 10 gols (ou 33% mais). Já no quesito gols marcados, o time melhorou quase 50% (20 no turno e 27 no returno). Em comparação aos rivais, acabou somente a frente do Palmeira, que jogou boa parte do returno sem chances de classificação, e muito distante dos adversários diretos.
Os números finais do União na Série Bronze 2015 foram:
Campanha geral - 18 J - 5 V - 4 E - 9 D - 47 gp - 59 gc - aproveitamento de 35,1%
1º turno - 9 J - 3 V - 2 E - 4 D - 20gp - 25 gc - aproveitamento de 40,7%
2º turno - 9 J - 2 V - 2 E - 27 gp - 34 gc - aproveitamento de 29,6%
Em casa - 9 J - 5 V - 2 E - 2 D - aprov. 62,9%
Em casa - 1º turno - 4 J - 3 V - 1 E - 0 D - aprov. 83,3%
Em casa - 2º turno - 5 J - 2 V - 1 E - 2 D - aprov. 46,6%
Fora de casa - 9 J - 0 V - 2 E - 7 D - aprov. 7,4%
Fora de casa - 1º turno - 5 J - 0 V - 1 E - 4 D - aprov. 6,6%
Fora de casa - 2º turno - 4 J - 0 V - 1 E - 3 D - aprov. 8,3%
Artilheiros: Fernandinho (8 gols), Guile (7 gols), Bochecha e Felipinho (6 gols), Roger (5 gols), Giovani e Nelson (3 gols), Bordinhão, Índio e Guto (2 gols), Joãozinho, Ravanello e Cristiano (1 gol).
Números do 1º turno - clique aqui